Há algum tempo que tinha como objetivo percorrer a Via de la Plata, mas por um motivo ou outro não foi possível. Agora, as coisas proporcionaram-se e a oportunidade aproveitada.
A preparação foi um pouco atribulada entre muitos outros afazeres, mas de certa forma, até ajudou a focar mais no essencial.
Desta vez, ao contrário do Caminho Francês , pouco anunciei com antecedência sobre esta partida. De alguma forma, não quis carregar comigo o peso das expectativas dos outros (até porque os planos poderiam ser cancelados à última hora) , assim como ter reacções menos positivas (que são normais, mas não me apeteciam nesta altura). Os obstáculos já são tantos, que não são necessários mais. :)
Bom, foi animada que cheguei a Sevilha, embora fisicamente cansada ainda da Páscoandante. Não houve muito tempo para turismo, nem o espírito era esse, mas do que vi, é uma cidade bem charmosa onde me veria perfeitamente a viver.
A prioridade foi para a catedral … wow… magnífica! Somos formiguitas lá dentro! Além de carimbar a credencial (que tinha ido buscar à Oficina do peregrino), visitei cada cantinho, com subida à Giralda (torre).
Bonito início de peregrinação!
Quero voltar um dia com mais tempo, mas agora a vontade de partir era grande.
Se quando fui para o Caminho Francês as palavras que me ecoavam a mente eram “Parto sem saber, sem saber se sou capaz, deixo tudo para trás e vou p’ra longe, p’ra longe…”, agora relembro-as, mas simplesmente já não me fazem sentido. Agora sei que sou capaz, é só uma questão de tempo, mais dia, menos dia, estou em Compostela (no que depender de mim).